quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Avião atacado por pássaros

A foto é do portal UOL e impressiona. Pássaros cercaram um avião militar nos EUA.

Mais uma manifestação da natureza talvez... reivindicando seu espaço.

"O avião conseguiu pousar em segurança. Segundo o "Daily Mail", nos últimos 20 anos, 200 pessoas morreram devido a ataque de pássaros."

Qualquer semelhança com um filme de Alfred Hitchcock seria mera coincidência...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Alfredo Jaar e os olhos de Gutete Emeride



Alfredo Jaar problematiza a relação entre traumas sociais como as guerras, os genocídios e a fome, e as estratégias que podem ser adotadas para representá-los. O artista denuncia os mecanismos de informação global que documentam e disseminam essas tragédias pelo mundo, reivindicando em suas obras uma discussão acerca da ética e da política das imagens. Em visita a Ruanda logo após o genocídio de 1994, Alfred Jaar foi à Igreja Ntarama, perto da capital Kigali, onde quatrocentas pessoas da minoria Tútsi, entre homens, mulheres e crianças refugiaram- -se, foram emboscados e massacrados. No decorrer da sua pesquisa para o Rwanda Project, o artista conheceu Gutete Emerita, uma mulher que testemunhou in loco a chacina do seu marido e dois filhos, e cujos olhos gravaram para sempre o acontecimento.
Em The Eyes of Gutete Emerita, Alfredo Jaar empilha um milhão de slides (o número aproximado de vítimas ruandesas até o ano 2000) com o enquadramento do seu olhar, sobre uma mesa de luz. O documento focaliza a dor marcada nos olhos daquela sobrevivente, em vez de espetacularizar as imagens de horror e violência que eles um dia enxergaram.

Fiquei com um nó na garganta ao ver essa obra na Bienal de SP.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Paris Hilton do Reino Unido?

A imagem acima é de um anúncio de sorvete proibido no Reino Unido, que mostra uma modelo grávida vestida de freira degustando o produto numa igreja.

Mais no UOL.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

São João - Saudades - Felicidade



Noite de São João
Kleiton e Kledir

Era noite de São João
E eu saia com meu irmão
De bigode de rolha
E chapéu novo em folha
Brim Coringa e alpargata

Toda noite de São João
Eu sonhava em pegar na mão
De uma prenda bonita
De vestido de chita
E Maria Chiquinha

Soltando foguete (tchê)
Pulando fogueira (há)
Era noite de São João

Toda noite de São João
A quermesse era um festão
Bandeirinhas no arame
De papel celofane
Pau de sebo e de fita

Era noite de São João
E depois de comer pinhão
Vinha pé-de-moleque
Puxa-puxa e um pileque
De caninha ou de quentão

Soltando foguete (tchê)
Pulando fogueira (há)
Era noite de São João

Era noite de São João
Cordeona com violão
Esquentavam as moça
E eu nesse bate-coxa
Não podia me segurar

Toda noite de São João
Eu voava que nem balão
Namorava as estrelas
Que são primas terceiras
E afilhadas de São João

Soltando foguete (tchê)
Pulando fogueira (há)
Era noite de São João.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Como o frio pode deixar o quente mais belo

A foto é do suíço Franco Banfi, que enfrentou temperaturas extremamente baixas para registrar o brilho quente do sol, por trás do gelo submerso no lago Sassolo, que fica perto da fronteira da Suíça com a Itália.
A região é conhecida pelo tempo ensolarado e na primavera o lago recebe os blocos de gelo que deslizam das montanhas nos Alpes que o cercam.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A fotografia como poesia



Da revista Pequenas Empresas Grandes Negócios:


Fotógrafo rastreia pessoas que retratou há 30 anos e as fotografa novamente na mesma pose
Modelos das fotografias foram capturados em momentos espontâneos

O fotógrafo inglês Chris Porsz iniciou uma empreitada em buscar pessoas que fotografou no começo dos anos 1980 na cidade de Peterborough, na Inglaterra. O objetivo é retratar as mesmas pessoas, que foram fotografadas sem saber e de forma espontânea, nas mesmas poses de cerca de 30 anos atrás. O projeto começou no ano passado e tem o apoio do jornal local, que pergunta se algum leitor conhece alguém daquelas fotos. Em alguns casos, familiares ou amigos fazem o contato do fotógrafo com fotografados. Porsz, que na realidade é um paramédico além de fotógrafo freelancer, faz questão de tirar as novas fotos inclusive nos mesmos locais das fotos originais e, mesmo que esses lugares estejam diferentes, para ele o importante é retratar as pessoas.

...
Gostaria de fazer o mesmo com algumas fotos minhas... nem sempre é possível refazê-las.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sobre a arte


"A arte é algo assim como a tentativa de se tirar um instantâneo do sentir".
(Duarte Júnior)

Pensei que fotografia fosse isso... enfim, também é.
A foto é de Jarinu, interior de SP, depois da chuva.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sobre as teias de aranha no trabalho...

"Eu digo
Calma alma minha
Calminha!
Ainda não é hora
De partir..."
(Zeca Baleiro - Alma Nova)

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Fotografia é vida






Começo este blog com o desafio de postar semanalmente uma imagem e um texto.


Nesse primeiro post, como não poderia deixar de ser, a foto é do Theodoro, meu filho de 2 anos.

O texto é meu e está na edição atual da Revista Continuum, do Itaú Cultural:

O ato de fotografar é uma entrega. Além disso, é uma tentativa de parar o tempo, congelar momentos para que se possa eternizá-los. É poético e é trágico. Não somos capazes de parar o tempo, evitar que ele passe. Ou somos?

As fotografias, que antes carregávamos em álbuns, porta-retratos e quadros, agora ficam armazenadas em computadores, CDs e cartões de memória. Mas elas continuam sendo guardadas. Preservadas, vistas, mostradas. Mostramos nossas fotografias porque através delas nos revelamos. Sem qualquer tipo de pudor, as imagens que produzimos dizem o que somos, como pensamos, o que queremos.

A fotografia é tão subjetiva que muitas vezes se confunde com o fotógrafo. É o olhar que determina a fotografia, e não o objeto fotografado, o equipamento utilizado ou mesmo as condições de luz. O processo de produção da imagem pode ser analógico, envolver a utilização de negativos e químicos, ou pode ser digital, onde o ato fotográfico chega a se confundir com a própria fotografia. O que importa é o olhar.

A forma como o fotógrafo vê aquele momento, a importância daquilo para quem fotografa, a vontade de parar o tempo ali é o que produz a fotografia. E também o que a mantém viva, porque a fotografia, ao tentar parar o tempo e evitar a morte, só pode ser vida.